Prefeitura de Mauá remove quase 60 famílias de áreas de risco após chuvas da última semana

Por Portal Opinião Pública 02/03/2023 - 09:35 hs
Foto: Reprodução / Facebook
Prefeitura de Mauá remove quase 60 famílias de áreas de risco após chuvas da última semana
Prefeito Marcelo Oliveira esteve na região onde ocorreram deslizamentos na cidade na última semana

Após as fortes chuvas que atingiram Mauá, no início da última semana, a Prefeitura Municipal começou uma operação para remover famílias que se encontram em áreas consideradas de risco na cidade. A ação foi implantada na última quarta-feira (22), nos Jardins Zaíra e Ipê, sendo liderada por funcionários da Defesa Civil e das secretarias de Assistência Social e de Habitação. Ao todo, 59 famílias foram retiradas destes locais e 58 imóveis foram interditados, de acordo com dados da administração mauaense, até o momento.

Os trabalhos das equipes se concentraram nos perímetros denominados R3 e R4 do município, que segundo estudos realizados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) representam áreas de risco alto e muito alto, e logo nas primeiras 24 horas foi possível a remoção de 41 famílias destes locais. Segundo a Prefeitura, todas elas receberam o apoio da equipe da secretaria de Assistência Social, sendo que apenas uma aceitou a acolhida no abrigo municipal. Já as outras pessoas que tiveram de sair de suas residências, se dirigiram para casas de amigos ou parentes.

Nos dias seguintes, e até esta quarta-feira (1), mais 18 famílias mauaenses precisaram deixar suas residências na região, totalizando 59. Além disso, a Defesa Civil confirmou que foi necessária a interdição - alguns de maneira total e outros de forma parcial - de 52 imóveis em um primeiro momento e de mais seis até esta quarta, totalizando 58.

A gestão municipal ainda revelou que os trabalhos não possuem previsão de conclusão e que não há estimativa para o número de famílias que precisarão deixar suas casas, pois a situação pode mudar diariamente, conforme o decorrer das vistorias realizadas e das chuvas que continuam a cair.

Entretanto, a Defesa Civil de Mauá definiu um protocolo em que caso sejam constatados o risco iminente e a necessidade de interdição total do imóvel, a remoção das famílias precisará ser imediata e os cidadãos serão encaminhados para o atendimento da assistência social e o apoio necessário, o que inclui desde a acolhida no abrigo municipal, caso os moradores não tenham para onde ir, ou auxílio-alimentação (cesta básica) e até colchonetes. A equipe social faz a avaliação técnica de cada caso para o direcionamento e recebimento do auxílio emergencial financeiro. São ainda analisadas as perdas materiais de cada família e posteriormente o Fundo Social de Solidariedade de Mauá é acionado para oferecer auxílio. 

Chuvas 

No último dia 21 de fevereiro, as fortes chuvas que caíram sobre Mauá voltaram a causar diversos tipos de problemas para a população. No Jardim Zaíra, um deslizamento de terra derrubou a casa de uma família na Rua Júlio Antônio Conde, fazendo uma vítima fatal e ferindo outras duas pessoas. Em outro ponto do bairro, uma casa também cedeu, depois de ser atingida por outro desbarrancamento, e deixou uma pessoa ferida.

Também no Jardim Zaíra, a empresa Suzantur, concessionária que opera as linhas do transporte público municipal, teve parte de um muro de proteção destruído em decorrência das chuvas. O incidente aconteceu na Rua Domingos Viola Chiarotti, que já estava interditada devido a problemas anteriores.

Após os episódios, na quarta-feira (22), o prefeito Marcelo Oliveira (PT) chegou a declarar estado de emergência na cidade e revelou que tentaria estabelecer diálogo com os governos estadual e federal na busca por investimentos para a realização de obras de contenção, de drenagem e para remoção de famílias em áreas de risco. O chefe do Executivo mauaense também decidiu, junto ao comitê intersecretarial de enfrentamento às chuvas, ampliar o valor do auxílio emergencial destinado à população atingida por desastres naturais para R$ 500. O projeto foi enviado para a Câmara Municipal, em regime de urgência, e aprovado pelos parlamentares na quinta-feira (23).

Outra ação pedida pelo prefeito foi a implantação de sistema de sirenes de alerta a moradores em áreas de risco, com o objetivo de avisar a população sobre situações  iminentes de desastres naturais.